01/09 Dia do Profissional em Educação Física

“POR UMA EDUCAÇÃO QUE NOS ENSINE A PENSAR E NÃO A OBEDECER”

Historicamente, a Educação Física era vista como uma possibilidade de treinamento de potencialidades corporais e utilizada, na maioria das vezes, não apenas para manter um corpo saudável e condicionado, mas, principalmente, disciplinado. A contenção dos corpos aparecia como desculpa para alcançar a aprendizagem de conteúdos escolares ou de atitudes profissionais aceitáveis que possibilitariam o desenvolvimento da cognição.

Provavelmente, este equívoco de interpretação carregava, em sua gênese, o receio da amplitude de possibilidades de compreensão e transformação da realidade que o desenvolvimento do intelecto, via organizações e reorganizações corporais, poderiam alcançar. A potencialização das diferentes linguagens na construção de formas diferenciadas de pensar e criar podem ser alcançadas pelo movimento, pelo controle intencional do corpo, pelo ritmo, pela escultura corporal, pela interação alcançada no gesto, no sorriso, no choro, nas expressões faciais.

As formas físicas de “conversar com o mundo” e interferir nele podem ser trabalhadas de forma significativa, profunda e sensível pelo profissional de Educação Física. Em todos os espaços em que trabalha consegue trazer o pensar, interpretar, criticar, criar desencadeados pela linguagem corporal em suas diferentes possibilidades. Se assim for, este profissional não deve ser considerado apenas como aquele que contribui para redução de peso, melhoria do potencial físico, reeducação corporal, equilíbrio emocional ou instrução esportiva. Ele pode contribuir para a formação de sujeitos que transformarão o mundo, não apenas porque saberão lidar com seus corpos, mas porque estes são fundantes da Humanização.

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