Dia da Música

Musicalizando a música

Por. prof. Ms Maria Cristina de Campos Pires

“Música é som dentro e fora das casas de espetáculos”, John Caje[1]

Este texto é um convite para você que o está lendo a abrir seus ouvidos para os sons que estão à sua volta e também dentro de você. As melodias que vamos criando em nossos momentos individuais e também aqueles que partilhamos com outras pessoas.

Quando peço uma definição de música para alguém, sempre a resposta vem ligada a algum sentimento como alegria, tristeza, movimento, dança, canto, entre outras coisas.

Música, como toda forma de arte ela é sensibilidade, é conhecimento, é organização de sons (matéria prima da música).

A música é formada por sons organizados de determinada que obedecem o tempo e o espaço de sua criação. A música que escutamos no presente é bem diferente daquela composta no século XVIII, por exemplo.

A estética que a envolve se modifica com o passar do tempo porque ela é socialmente construída.

A música necessita dos silêncios também, como uma forma de respiração, ou uma estratégia para nos surpreender mais no seu jogo sonoro.

Aqui no Brasil, pela grandeza territorial e também a diversidade cultural, temos uma coleção de ritmos e variações de região para região. O povo brasileiro é rico em herança cultural europeia, africana, oriental, enriqueceu o universo musical brasileiro.

Quando falo sobre esta riqueza musical, não estou falando apenas do rico cancioneiro nacional; estou também falando do rico arsenal de instrumentos tanto tradicionais de orquestra, quanto aqueles criados por Luthiers (profissional que constrói instrumentos), os inspirados nas culturas que chegaram até o Brasil por vários motivos.

Assim, reforço aqui meu convite para as escutas dos diferentes ritmos orquestrados, outros cantados, as músicas regionais, as tradicionais, e também as eruditas, de outras culturas e aí sim, sinta estes sons pense nas sensações que elas causam, será que embalam seu corpo para dançar? Ou trouxe lembranças emocionantes de outros tempos, lembrou algum amor, enfim a música é assim mesmo, antes mesmo de nascer, a música e os sons já embalam a vida dos bebês e das mamães.

[1]John Caje, compositor contemporâneo americano, pioneiro em composições aleatórias, falecido em 1992.

Maria Cristina de Campos Pires, possui graduação em Educação Artística  (1979), graduação em Pedagogia  (1989) e mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Atualmente trabalha com formação de professores de Educação Infantil e Artes, ministrou oficinas para o curso de Graduação em Pedagogia da FAEP.